quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Enxertos Ósseos - Cada caso é um caso....



Caros amigos, colegas e pacientes,

Toda vez que perdemos um dente, seja por problema periodontal, trauma ou necessidade de extração, a região edêntula (sem dentes) sofre uma reabsorção natural e progressiva tanto na mandíbula como na maxila.

Esta perda óssea, com o passar dos anos, pode ser extremamente agressiva ao ponto de inviabilizar a reabilitação com implantes, nesses casos precisamos utilizar algumas técnicas de recuperação do volume ósseo para posterior instalação dos implantes.

As técnicas de enxerto variam dependendo do caso e da localização do defeito ósseo, tais procedimentos são bem descritos na literatura e possuem cada vez maior taxa de sucesso e menor morbidade.

O material utilizado para realização do enxerto pode ser de várias origens, desde ser do mesmo paciente ou outros seres humanos, até de origem bovina ou materiais sintéticos conforme explicação a seguir:

Osso Autógeno: osso do próprio paciente que é removido de algum outro sítio (área doadora) no momento da cirurgia e fixado na região onde necessita aumento ósseo (área receptora), são princialmente: Ramo mandibular, Mento ( osso do queixo), Tuberosidade da maxila, Crista ilíaca anterior (Quadril), Tíbia, Costela e Calota craniana

Osso Homógeno: osso humano proveniente de bancos de ossos, o material é devidamente preparado e esterilizado, sendo entregue pronto para o uso.

Osso Xenógeno: osso de origem não humana, sendo a principal origem a bovina

Materiais sintéticos: confeccionados por laboratórios específicos que visam preencher a região com necessidade e estimular a formação de novo osso.

Após a cirurgia para colocação do enxerto deve-se, em geral, esperar um tempo de integração (cerca de 6 meses) para posterior instalação do implante, porém devido a grande quantidade de material disponível e técnicas oferecidas, cada caso deve ser avaliado individualmente por um cirurgião experiente, o qual indicará a melhor forma de tratamento para a reabilitação estética e funcional da cavidade oral.

Abraços,




imagem: www.dicasodonto.com.br

sábado, 9 de agosto de 2014

Bruxismo e Dor Orofacial : Qual a relação?


Bruxismo e Dor Orofacial : Qual a relação?
Por Helaine Cardoso Martins
Cirurgiã- Dentista
CRO/PR 24.474

O termo bruxismo vem do grego “bruchein” que significa apertamento, fricção ou atrito dos dentes sem finalidades funcionais.
Os músculos responsáveis pela nossa mastigação exercem dois tipos de atividades:
1.    Atividade Funcional : inclui o ato de mastigar, falar e engolir.
2.    Atividade Não funcional ou Parafuncional: inclui hábitos nocivos, dentre eles o hábito de apertar e ranger os dentes (bruxismo). A pessoa muitas vezes se encontra num nível de stress considerável e não se dá conta de que range os dentes.
Quando sobrecarregamos os nossos músculos da mastigação com atividades que não são naturais podem ocorrer dores na musculatura mastigatória, desgaste dental por rangimento, mobilidade dental, dores de cabeça e dores de ouvido.



Figura: Principais consequências de hábitos nocivos como o bruxismo
Fonte: Netter,atlas de cabeça e pescoço (adaptado)

É muito importante que o paciente fique atento caso perceba que acorda com dor e tensão na região da mandíbula.O cirurgião- dentista deve identificar se essa dor é causada pelo apertamento ou ranger de dentes durante um sono agitado.
Uma avaliação adequada feita pelo cirurgião dentista irá determinar qual o tipo de terapia adequada.
Em resumo, uma condição oclusal satisfatória é aquela que compreende um posicionamento harmônico entre os dentes e o funcionamento adequado dos músculos orofaciais.Essas condições são fundamentais para uma função muscular saudável durante a mastigação,deglutição,fala e postura mandibular,garantindo saúde e qualidade de vida.





Referências:
NORTON, Neil Scott. Atlas de Cabeça e Pescoço.São Paulo:Elsevier Editora,2007.

OKESON, Jeffrey P. Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oclusão. 4ª Edição. Artes Médicas,2000.
FOTOGRAGIA www.odontobase.com.br

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Implantes Dentários - Posso fazer?



Caros amigos e pacientes,

Muita gente me pede para falar ou me pergunta detalhes sobre Implantes Dentários que, definitivamente, continua "na moda".
Hoje, eles representam a melhor e mais duradoura forma de reabilitação de elementos dentais perdidos, seja pela semelhança com dentes naturais ou pela maior comodidade ao paciente, associados a grande taxa de sucesso no tratamento.
Os implantes dentários são constituídos basicamente por um "parafuso" implantado no osso, que se assemelha com a raiz do dente, e a prótese que é parafusada ou cimentada sobre esse parafuso.
A taxa de sucesso é grande devido a biocompatibilidade do Titânio com o osso, porém muitos aspectos devem ser levados em conta para o sucesso do tratamento, inclusive a habilidade do seu Cirurgião Dentista e seu credenciamento no uso dos Implantes.
A avaliação para saber se você é um candidato para a instalação dos implantes deve ser feita pelo Dentista, através dos exames clínico e de imagem, que solicitará todos os exames que julgar necessário para o caso e definição do tratamento e sobre necessitade de algum procedimento cirúrgico auxiliar.

Apesar da biocompatibilidade, existem algumas contra-indicações para o tratamento, entre elas:

Fumantes
Diabéticos descompensados
Pacientes em tratamento radioterápico ou quimioterápico
Gestantes
Algumas doenças sistêmicas
Gestantes

Através do correto diagnóstico e tratamento, será possível devolver a beleza do sorriso, tornar a mastigação mais eficiente e saudável, abandonar o desconforto das próteses removíveis e devolver a harmonia facial

Portanto, procure um profissional de qualidade e obtenha maiores informações sobre o seu caso.

Abraço a todos,





Imagem: www.eroprotese.com.br